Pedra nos Rins, ou Litíase Renal, é causada quando cálculos urinários causam sofrimento ao ser humano desde quatro milênios antes de Cristo, passando pela Grécia e Roma antigas.
Atualmente, somente as doenças da próstata e infecções urinárias são mais frequentes que os cálculos. Deve-se salientar que 12% da população algum dia irá apresentar um episódio de cálculo. A relação homem-mulher é de quatro homens para cada mulher afetada, predominando na terceira e quarta décadas de vida.
Fatores geográficos contribuem para o aparecimento de cálculos. Áreas de temperaturas elevadas e com grande umidade são predisponentes à formação de pedra nos rins, sendo observados muitos casos durante os meses quentes de verão devido ao maior grau de desidratação.
Durante o século XX, a incidência de calculopatia nos países europeus esteve diretamente relacionada com a situação política e econômica. Durante a Primeira e Segunda Guerras Mundiais, período em que houve queda de consumo de proteína animal, ocorreu uma diminuição das pessoas com cálculos renais. Isto nos faz pensar na forte ligação existente entre a formação de cálculos e a dieta. A ingestão excessiva de alguns alimentos pode provocar ou acelerar distúrbios pré-existentes no nosso organismo, propiciando o desequilíbrio químico necessário para a formação destes cálculos. Por exemplo:
Cálcio: o aumento de sua ingestão só deve ser controlado em casos confirmados de pacientes com alta sensibilidade à ingestão de leite e seus derivados;
Sódio: sal de cozinha deve ser restringido para aproximadamente 1 colher de chá por dia;
Proteínas: principalmente as de origem animal (carnes, peixes, aves, ovos, leite e derivados) apresentam um efeito agravante quanto à formação dos cálculos;
Ingestão de Líquidos: o aumento da ingestão de líquidos é provavelmente a orientação mais importante que deve ser dada para estes pacientes, pois somente esta medida sem a ação de medicamentos pode reduzir em 60% a incidência destes cálculos.
Embora os motivos pelos quais os cálculos urinários são formados não sejam conhecidos por completo, acredita-se que vários fatores possam estar envolvidos neste processo: super saturação urinária – situação em que há excesso de um ou mais elementos que compõem a urina facilitando a sua precipitação, diminuição dos inibidores urinários – substâncias existentes cuja função é impedir a cristalização de urinas super saturadas, matriz orgânica do cálculo – substâncias proteicas que servem como núcleo para a formação do cálculo sobre o qual se depositam cristais e retenção de cristais no trato urinário. Fatores genéticos também podem contribuir para o aumento da formação de cálculos, assim como algumas doenças como a GOTA.
Além da pedra nos rins, há a possibilidade da existência de pedras na bexiga pode ocorrer por aumento da próstata, que obstrui parcialmente a saída de urina. Isto condiciona uma agregação de cristais e outros resíduos que, com o passar do tempo, se transformam em cálculo. Outra causa seria condicionada pela impossibilidade do paciente de eliminar uma pedra que teria descido dos rins.
O conselho médico para pessoas que tem cálculos urinários é o de beber 2-3 litros de água por dia e evitar ingestão em excesso de proteína animal, principalmente a da carne vermelha.
Os cálculos renais, como o próprio nome diz, são condensações (depósitos) de íons e sais formados no interior do rim. Os cálculos formados no rim podem ter 3 caminhos a seguir:
Aumento de tamanho – aumento de depósito de íons sobre uma matriz;
Eliminação – O cálculo se desprende do rim e desce pelo ureter (tubo que drena a urina do rim para a bexiga). Nessa ocasião, a pessoa apresenta cólica de rim, que é uma dor de forte intensidade na região lombar.
Muitos cálculos permanecem por muitos anos sem migração ou crescimento. Quando essas pedras são de pequeno tamanho, podem ser acompanhadas clinicamente.
Resumidamente, o tratamento dos cálculos pode ser realizado por 4 tipos de abordagem cirúrgica, dependente da localização, tamanho e tipo do cálculo.
Litotripsia extracorpórea por ondas de choque – Nesse procedimento não há cortes ou incisões. O paciente recebe ondas de choque que se difundem pelo corpo e concentram sobre o cálculo, fragmentando-o;
Cirurgia percutânea – Nessa cirurgia realizamos pequenas perfurações na região lombar para acessar o cálculo no interior dos rins. Por meio desses pequenos orifícios realizamos a fragmentação e remoção da pedra;
Ureterolitotripsia endoscópica – Nesse procedimento utilizamos um aparelho endoscópico com uma câmera que permite visualizar o interior da bexiga e do ureter. Esse aparelho é introduzido pelo canal da urina (uretra). Assim, não há necessidade de cortes ou incisões. Por meio desse aparelho remove-se os cálculos do interior do ureter;
Cirurgia convencional – Em alguns casos especiais há necessidade de realizar cirurgia tradicional, com incisão da parede abdominal para remoção dos cálculos diretamente pelo cirurgião.
Salientamos que as informações acima estão bastante resumidas para facilitar a compreensão. Assim, caso haja alguma dúvida, entre em contato conosco e não se esqueça: o urologista é o especialista que pode orientá-lo da melhor maneira.
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